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PolíticaIsrael

Médio Oriente: Novo vídeo do Hamas mostra reféns israelitas

Lusa | rl
28 de abril de 2024

Divulgação do vídeo surge no contexto de novas negociações, mediadas pelo Qatar e pelo Egito, para uma trégua na Faixa de Gaza. Fórum Económico Mundial na Arábia Saudita deverá centrar-se nas tensões no Médio Oriente.

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Negociações mediadas pelo Egito, Qatar e Estados Unidos já permitiram a libertação de 80 reféns israelitas e de 240 prisioneiros palestinianos
Negociações mediadas pelo Egito, Qatar e Estados Unidos já permitiram a libertação de 80 reféns israelitas e de 240 prisioneiros palestinianosFoto: Shannon Stapleton/REUTERS

O grupo Hamas divulgou, este sábado (27.04), um vídeo que mostra dois reféns israelitas sequestrados durante o ataque de 07 de outubro no sul de Israel e levados para Gaza. Os dois reféns identificaram-se como Keith Siegel, de 64 anos, e Omri Miran, de 47, e o Fórum das famílias de reféns confirmou as suas identidades.

O vídeo em causa não tem data, mas Omri Miran disse que estava nas mãos do Hamas há 202 dias, o que, contando os dias desde o ataque em que foram feitos os reféns, corresponde a quinta-feira.

A nova informação surge no contexto de negociações, mediadas pelo Qatar e pelo Egito, para uma trégua nos combates na Faixa de Gaza associada à libertação de vários reféns.

Negociações para trégua continuam

O Hamas anunciou, este domingo (28.04), que vai enviar uma delegação ao Egito, na segunda-feira, para responder à recente contraproposta israelita de cessar-fogo na Faixa de Gaza e de libertação dos reféns.

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"O Hamas está pronto para discutir de forma positiva a nova proposta egípcia" e deseja chegar a um acordo que garanta um cessar-fogo permanente, o regresso voluntário" dos deslocados, "um acordo aceitável para uma troca" de prisioneiros palestinianos por reféns israelitas e "o fim do cerco" à Faixa de Gaza, disse à AFP fonte do grupo próxima das negociações.

O Egito, o Qatar e os Estados Unidos têm tentado convencer Israel e o Hamas a cessarem os combates desde o final de uma semana de trégua, em 01 de dezembro, que permitiu a libertação de 80 reféns israelitas e de 240 prisioneiros palestinianos.

Abbas diz que só EUA podem impedir ofensiva em Rafah

Em declarações, este domingo, o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, disse que Israel aproveitou o massacre cometido pelas milícias do Hamas em outubro para lançar uma retaliação exagerada contra a população de Gaza.

"Usou este ataque para lançar uma resposta desproporcional contra a população de Gaza, sob o pretexto de vingança contra o Hamas".

Abbas, que falava hoje na reunião do Fórum Económico Mundial, em Riade (Arábia Saudita), advertiu que a prometida incursão israelita na cidade de Rafah, em Gaza, onde vivem centenas de milhares de pessoas expulsas pelos bombardeamentos israelitas de outras partes do enclave, "é uma questão de dias", apesar de o Governo israelita ter prometido suspendê-lo se chegar a acordo com o Hamas para libertar os reféns israelitas que ainda mantém.

Chefe da diplomacia dos Estados Unidos chega à Arábia Saudita esta segunda-feira (29.04)
Chefe da diplomacia dos Estados Unidos chega à Arábia Saudita esta segunda-feira (29.04)Foto: Mark Schiefelbein/AP//Pool AP/dpa/picture alliance

Mahmoud Abbas pediu ainda aos Estados Unidos que evitem uma invasão israelita na cidade de Rafah.

"Apelamos aos Estados Unidos para que peçam a Israel que pare a operação em Rafah, porque a América é o único país capaz de impedir Israel de cometer este crime", disse Abbas, acrescentando que tal incursão, anunciada por Israel, seria "o maior desastre na história do povo palestiniano".

Blinken na Arábia Saudita

Também este domingo, o Departamento de Estado norte-americano anunciou que o chefe da diplomacia dos Estados Unidos estará na Arábia Saudita segunda e terça-feira para discutir os esforços em curso para alcançar um cessar-fogo em Gaza que permita libertar reféns.

Em comunicado, o Departamento de Estado dos EUA explica que Antony Blinken pretende "discutir formas de alcançar uma paz duradoura na região, inclusive através de um caminho para um Estado palestiniano independente acompanhado de garantias de segurança para Israel".